terça-feira, 20 de julho de 2010

(des)Ilusão




Iludo-me facilmente
Só para me desiludir logo de seguida
Não penses que penso que é tua a culpa
Apesar de achar que não tens desculpa
Por nem isso teres sido capaz de me pedir
Vejo o que poderia ter sido à partida
Acabar por se transformar em nada à chegada:
Não me fazes falta!

Dou-me facilmente
E deixo-me abraçar
Por isso me sinto tão dormente
Chegou a hora de me fechar
Quis dar-te tudo o que podia
Cheiras a maresia
E ondulas sem parar
Agitando a calma da minha Alma
Não quero ser tratada como a tua malta
Por isso amigo, agora te digo, em voz alta:
Não me fazes falta!

Não me faças parar
Pára de te atravessares no meu caminho
Aproveita agora
Que me cansei de te chatear e
Pára um pouco para pensar
Em tudo o que perdeste
Só por deixares andar
Confesso que não perdeste nada de jeito
A não ser o facto de apenas ser verdadeiro
Não seria vantajoso para ti
Não te odeio
Por favor não penses mal de mim
Digo-te apenas em voz alta:
Não me fazes falta!

De costas voltadas
Vejo-te melhor
É nas costas dos outros que vemos as nossas
Sei que troças de mim
E, traço o meu destino sem ti
Próximas como duas gémeas
Como algo que deveria ter sido mas não foi
Nem sei o que chegou a ser
E não é com prazer que te digo:
Não me fazes falta!

E assim (des)iludi-me a mim própria
Por andar entretida
À procura de uma amizade apenas utópica
Quando estou de baixa
Mas a precisar de ter alta
Sei que é de ti, porque:
Tu não me fazes falta!

Dá-me muito forte
Mas depressa passa
E nunca me atrasa
Nos meus deveres e afazeres
Deverias ter-me em consideração
Terias evitado tanta confusão
Só por amares outrem
Não é razão
E eu não me deixarei levar por ninguém
Que nem sequer merece a minha compaixão:
Adeus irmão!

Se não me tivesses subestimado
Ter-te-ia tudo dado
Agora transformado em nada
E nada mais tenho a acrescentar
A não ser que irei nadar daqui para fora
Eu que nem o sei fazer
Mas sei sempre quando me devo afastar
Sei e sinto que não era bem isto que queria
Ou sequer merecia
Mas sabes que nunca minto
Por isso agora te digo:
Até outro dia!

FP_2010

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