domingo, 9 de outubro de 2011

MalDitos

Ai, maldita seja eu
Por perder tanto tempo comigo própria
Numa obsessão tão compulsiva
Que para consumo se torna imprópria

Consumo tudo à minha volta
De tantas voltas que dou

O entusiasmo inicial desvanece-se
E depressa desaparece
Sem me dar tempo para assimilar
Tudo aquilo que me apetece

Apetece-me fazer tudo ao mesmo tempo
Sem fazer nada por isso

Ai, maldito sejas tu
Por seres uma constante nestes meus desvairos
Quando todos desistem
Vejo o que deixei para trás: uma cambada de otários!

Projecto numa imensa escuridão
Planos que nunca verão a luz do dia

Tu persistes e insistes em ficar
Permaneces ao meu lado
E eu sem nada para te dar
A não ser as minhas angústias, frustrações, medos, ilusões

É bom amar
Mesmo sabendo que já não há mais nada a declarar… apenas tudo!