quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ser (In)Diferente



A maioria das pessoas aproxima-se das outras por interesse. E seja ele qual for, dinheiro, popularidade, ilusão de verdadeira amizade, sexo, prazer, paixão, amor, poder, não desistem enquanto não conseguem obter o que querem ou até perceberem que jamais o conseguirão. Para que isso aconteça, mentem acerca delas próprias e dos outros, enganam, bajulam, consomem e deixam-se consumir. Por vezes até perdem a própria identidade numa falsidade que vai crescendo e ganhando dimensões inconcebíveis. E para quê? Para saciar a sede de beber o elixir da vida dos outros? Para obter prazer com a miséria e o sofrimento dos mais fracos?
As pessoas metem-me nojo. A mediocridade hedionda fá-las querer trepar e subir, dar passos maiores do que as pernas para poderem espezinhar, pois só assim conseguem obter o falso poder a que acham que têm direito.
Não sou melhor nem pior do que esta maioria imunda. Tenho as minhas qualidades assim como os meus defeitos. Mas felizmente não tenho necessidade de me sentir superior a ninguém. Se é verdade que todos nós temos um papel a desempenhar no mundo, acho que finalmente encontrei o meu e aceito-o, aceitando-me tal como fui, sou e serei, se algum dia o chegar a ser.
Serei diferente ou indiferente? Não sei! Sei que sou eu própria e isso chega-me.

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