quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A SOMBRA




Grito
Por não saber como agir
Choro
Por tanto sentir
Sinto
Que me perco
Sinto
Que tudo é incerto
E só a certeza de que tudo tem um fim
Me acalma a Alma

Falta-me o ar
A vista turva-se
Oiço vozes
Mesmo sabendo que estou só
E tremo…
De frio
De medo
E chamo…
Por ti
Por mim

Choro um rio
Onde me perco
Por tempo indeterminado
Num caminho incerto

Sinto-me desaparecer
Sinto-me uma sombra do que poderia ser
E deixo-me ir
Sempre é melhor do que sentir

Fico quieta à espera
Que algo ou alguém
Me venha aliviar deste aperto
Deste cerco cerrado onde me perco
Que me venha despertar
Que me venha assombrar

Assombra-me

2 comentários:

  1. Ele às vezes há tempos em que nos sentimos assim. Esse tempo, às vezes, parece durar uma qualquer eternidade.
    O grito que lançamos por detrás dos cercos que construímos para não sentir, é o mesmo que tantas vezes nos desperta, na certeza, tantas vezes a única, que o nada não existe e que sentir, mesmo a dor de estarmos cercadas por nós mesmas, é a única forma de existir.
    Gosto do que escreves Filipa :)
    Braço de Prata logo à noite?
    Beijos *

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  2. Obrigada pelas palavras sinceras, querida!
    Logo não vou Tertúliar, amanhã tb não devo Carava'nar, mas espero poder ir Cabaz'ar no Sábado.
    Jinho&Abraço forte, que te darei pessoalmente qnd te encontrar [*]

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