quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Amar(ras)

Se querer é poder
Só não temos o que não queremos
Somos fracos, cobardes
Desistimos à primeira adversidade
E depois ainda nos queixamos
Da falta de sorte, do azar
Do mau-olhado que alguém nos possa mandar
Nunca admitindo que somos nós próprios os culpados

Somos as amarras que nos prendem
Deixamo-nos amar ou ser mal amados
Acabando sempre por desculpas arranjar
E por mais esfarrapadas que sejam
Teimamos em aceitar
Quando o que devíamos fazer
Era começar a acreditar em nós próprios
Sem nada a perder, nada a temer

2 comentários:

  1. "O que é preciso é gente
    gente com dente
    gente que tenha dente
    que mostre o dente

    Gente que não seja decente
    nem docente
    nem docemente
    nem delicodocemente

    Gente com mente
    com sã mente
    que sinta que não mente
    que sinta o dente são e a mente
    ..."

    Olá Filipa, passei por aqui e a propósito do poema postado, lembrei-me deste outro da Ana Hatherly.
    :))

    ResponderEliminar