A minha vida é uma
sombra, um rabisco numa
folha gasta nos cantos pelo
passar dos dias, sou um
grito cortado antes de o ser, nem eu o oiço, sou
dedo que aponta para local que eu próprio desconheço, sinto-me
penumbra em sombrio entardecer, que me resta a mim senão apenas fazer cair as palavras e
deixar-me apagar no silêncio que se fala dentro de mim?, escuto um grilo que sibila ao longe, mas ele fá-lo só para si, a
canção de um é sempre
hino de solidão.
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