MalDitos
Ai, maldita seja eu
Por perder tanto tempo comigo própria
Numa obsessão tão compulsiva
Que para consumo se torna imprópria
Consumo tudo à minha volta
De tantas voltas que dou
O entusiasmo inicial desvanece-se
E depressa desaparece
Sem me dar tempo para assimilar
Tudo aquilo que me apetece
Apetece-me fazer tudo ao mesmo tempo
Sem fazer nada por isso
Ai, maldito sejas tu
Por seres uma constante nestes meus desvairos
Quando todos desistem
Vejo o que deixei para trás: uma cambada de otários!
Projecto numa imensa escuridão
Planos que nunca verão a luz do dia
Tu persistes e insistes em ficar
Permaneces ao meu lado
E eu sem nada para te dar
A não ser as minhas angústias, frustrações, medos, ilusões
É bom amar
Mesmo sabendo que já não há mais nada a declarar… apenas tudo!